É
uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis e etapas e
todas as modalidades da educação básica e superior. Disponibiliza
o AEE
e
os recursos próprios desse atendimento. Orienta alunos e professores
quanto à utilização desses recursos nas turmas comuns do ensino
regular.
A
quem se destina?
A Educação
Especial se destina a alunos com deficiência física, deficiência
intelectual, alunos com surdez, cegueira, baixa visão,
surdocegueira, transtornos globais do desenvolvimento (autismo) e
altas habilidades.
Objetivos
da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva
•
Assegurar a inclusão
escolar de alunos com deficiência, transtornos globais de
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, orientando os
sistemas de ensino para: garantir o acesso de todos os alunos ao
ensino regular (com participação, aprendizagem e continuidade nos
níveis mais elevados de ensino
•
Oferecer o AEE
•
Formar professores
para o AEE e demais professores para a inclusão
•
Estimular a
participação da família e da comunidade
•
Promover a
articulação intersetorial na implementação das políticas
públicas educacionais.
O
que é o AEE?
•
Um serviço da
Educação Especial que:
-
Identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de
acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação
dos alunos, considerando as suas necessidades específicas.
•
O AEE complementa
e/ou suplementa a formação do aluno com vistas à autonomia e
independência na escola e fora dela.
Por
que o AEE?
Porque [...] “temos
direito à diferença, quando a igualdade nos descaracteriza”.
(Boaventura de Souza
Santos)
Alunos com
deficiência e os demais, que são público alvo da Educação
Especial, precisam ser atendidos nas suas especificidades, para que
possam participar, ativamente do ensino comum.
O
que faz o AEE?
• Apoia
o desenvolvimento do aluno com deficiência, transtornos globais de
desenvolvimento e altas habilidades.
• Disponibiliza
o ensino de linguagens e de códigos específicos de comunicação e
sinalização
• oferece
tecnologia assistiva – TA
• adequa
e produz materiais didáticos e pedagógicos tendo em vista as
necessidades específicas dos alunos,
• oportuniza
o enriquecimento curricular (para alunos com altas habilidades).
O
AEE
deve
se articular com a proposta da escola comum, embora suas atividades
se diferenciem das realizadas em salas de aula de ensino comum.
Para
quem?
•
O AEE se
destina a alunos com deficiência física, intelectual, sensorial
(visual e pessoas com surdez parcial e total)
•
Alunos com
transtornos globais de desenvolvimento e com altas habilidades (que
constituem o público alvo da Educação Especial) também podem ser
atendidos por esse serviço.
Por
quem?
O
AEE
para
pessoas com deficiência
•
é realizado
mediante a atuação de profissionais com conhecimentos específicos
no ensino de:
–
LIBRAS, Língua
Portuguesa na modalidade escrita, como segunda língua de pessoas com
surdez
–
Sistema Braille,
sorobã, orientação e mobilidade, utilização de recursos ópticos
e não
ópticos
–
Atividades de vida
autônoma
–
Tecnologia Assistiva
–
Desenvolvimento de
processos mentais,
–
Adequação e
produção de materiais didáticos e pedagógicos e outros
Para
os alunos com altas habilidades o
AEE oferece programas de enriquecimento curricular, desenvolvimento
de processos mentais superiores e outros.
AEE
em todas as etapas e modalidades da educação básica e do ensino
superior
O
AEE
é
organizado para suprir as necessidades de acesso ao conhecimento e à
participação dos alunos com deficiência e dos demais que são
público alvo da Educação Especial, nas
escolas
comuns. Constitui oferta obrigatória dos sistemas de ensino, embora
participar do AEE
seja
uma decisão do aluno e/ou de seus pais/responsáveis.
Atribuições
dos profissionais da Educação
Diretor
Escolar
Cabe
ao diretor da escola a institucionalização do AEE na proposta
político pedagógica, conforme dispõe a Resolução CNE/CEB nº
4/2009, art. 10º. A proposta político pedagógica - PPP da escola
de ensino regular deve institucionalizar a oferta do AEE, prevendo na
sua organização:
I
- sala de recursos multifuncionais: espaço físico, mobiliários,
materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e
equipamentos específicos;
II
- matrícula no AEE de alunos matriculados no ensino regular da
própria escola ou de outra escola;
III
- cronograma de atendimento aos alunos;
IV
- plano do AEE: identificação das necessidades educacionais
específicas dos alunos, definição dos recursos necessários e das
atividades a serem desenvolvidas;
V
- professores para o exercício do AEE;
VI
- outros profissionais da educação: tradutor intérprete de Língua
Brasileira de Sinais, guia-intérprete e outros que atuem no apoio,
principalmente para as atividades de alimentação, higiene e
locomoção;
VII
- redes de apoio no âmbito da atuação profissional, da formação,
do desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e
equipamentos, entre outros que maximizem o AEE.
Coordenador
Pedagógico
- Participar de orientação e apoio às famílias dos alunos;
- Dar suporte ao professor de sala regular (PSR) na adaptação dos materiais;
- Buscar junto ao PSR adequação do Currículo nos planejamentos (Pls);
- Analisar os registros das propostas didáticas, avaliações e planos de ações do PSR relacionados aos alunos do AEE para garantir que estejam em dia e, de fato, favoráveis ao desenvolvimento educacional dos (as) atendidos (as) no AEE;
- Analisar toda a documentação dos professores do AEE (PAI, relatórios, planos de aula, controle de frequência...) para garantir que estejam em dia e, de fato, favoráveis ao desenvolvimento educacional dos (as) atendidos (as) no AEE;
- Em conjunto com o diretor escolar, elaborar, informar, executar, registrar e garantir as ações inclusivas na escola para contemplar no PPP;
- Ser o agente de articulação entre os professores da educação especial e do ensino regular e da formação continuada de toda a equipe escolar - elo entre os PSR e professores do AEE.
- Garantir que o processo de inclusão seja adequado (de acordo com a LBI) nos vários espaços escolares diariamente.
O
professor do AEE
§1º
Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na
escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de
educação especial. (LDB, Cap. V, p.43)
- Participar de orientação e apoio às famílias dos alunos, fazendo as entrevistas para preenchimento dos documentos;
- Realizar avaliação diagnóstica;
- Elaborar o estudo de caso dos alunos
- Elaborar e executar o PAI do aluno;
- Traçar metas juntamente com o professor sala regular/PSR para o PAI;
- Orientar o PSR para a necessidade de material e provas adaptadas;
- Trabalhar com o estudante o que foi traçado nas metas juntamente com o PSR.
- Realizar o planejamento colaborativo e o trabalho colaborativo junto aos demais profissionais que atenderão o aluno com NEE.
- PLC (planejamento colaborativo):
Ainda
de acordo com publicações do Ministério da Educação relativas
especificamente à educação especial na perspectiva da educação
inclusiva (MEC, Coleção "A Educação Especial na Perspectiva
da Inclusão Escolar", Fascículo II, 2010), ao professor do
Atendimento Educacional Especializado cabe a identificação das
especificidades educacionais de cada estudante de forma articulada
com a sala de aula comum. Por meio de avaliação pedagógica
processual esse profissional deverá definir, avaliar e organizar as
estratégias pedagógicas que contribuam com o desenvolvimento
educacional do estudante, que se dará junto com os demais na sala de
aula. É, portanto, importantíssima a interlocução entre os dois
professores: do AEE e da sala de aula comum. (SECADI, p.114)
O
PROFISSIONAL DE APOIO
Cuidador
O
serviço do profissional de apoio, como uma medida a ser adotada
pelos sistemas de ensino no contexto educacional deve ser
disponibilizado sempre que identificada a necessidade individual do
estudante, visando à acessibilidade às comunicações e à atenção
aos cuidados pessoais de alimentação, higiene e locomoção (DPEE –
2013, p.04)
Cabe
ao profissional de apoio conduzir o aluno no ambiente escolar, quando
necessário;
Cuidar
da parte de higiene;
Cuidar
do processo de alimentação;
Professor
auxiliar
Acompanhar
o aluno na sala de aula regular;
Dar
suporte ao aluno com NEE quando por algum motivo, não estiver na
escola;
Ajudar
na confecção de jogos e tecnologias assistivas (TA).
Tradutor/Intérprete
de Libras
- Fazer a tradução e interpretação da Língua Portuguesa para Libras em todas as áreas do conhecimento no currículo da Educação Básica, bem como as atividades didático-pedagógicas e culturais desenvolvidas dentro e fora das instituições de ensino em escolas inclusivas da rede pública de ensino da rede pública estadual.
- Intermediar a comunicação entre interlocutores surdos e ouvintes em situações do cotidiano escolar.
- Atuar nas aulas, revisões e simulados do pré-vestibular da Secretaria de Estado da Educação.
- Atuação de 5h/dia, podendo chegar a 30 horas semanais, quando houver sábado letivo.
O
professor de sala de aula regular
―As
mudanças necessárias para o acolhimento das crianças com NEE
requerem professores com uma nova visão sobre essa população, um
acolhimento que se paute em princípios éticos, igualitários e
solidários. (TOLEDO & MARTINS, 2009, p. 4129)
- Acolher em sua sala de aula, o aluno com NEE de acordo com a Lei Brasileira de Inclusão (LBI).
- Levar à prática, por meio de providências concretas, as flexibilizações curriculares necessárias a cada caso de NEE encontrados em sua sala de aula;
- Garantir o planejamento colaborativo com o professor do AEE para que as demandas de adaptações curriculares necessárias a cada caso de NEE sejam de fato atendidas.
O
aluno do AEE pode ficar retido?
Muitas
dúvidas pairam sobre os professores em relação à retenção ou
aprovação do aluno com NEE. Existe sem dúvida, um equívoco quase
generalizado de que o aluno com laudo médico não pode ficar retido,
pois estaria amparado por lei.
Devemos deixar claro
que o laudo somente informa a condição do paciente na área clínica
e que de forma alguma designa a parte pedagógica. No que se refere à
retenção ou aprovação ou mesmo quais abordagens didáticas e
adaptações o aluno precisa, fica sempre a critério da área da
Educação. Da mesma forma como o professor não tem preparo para
prescrever tratamentos ou dar diagnósticos clínicos, os
profissionais da área da saúde, por sua vez, não têm preparo para
avaliar ou responder pela aprendizagem e/ou dificuldade de
aprendizagem do aluno. Portanto, qualquer laudo médico prescrito com
o objetivo de prevenir ou sugerir a retenção ou aprovação dos
alunos do AEE não tem efeito. Cabe ao professor do AEE, de posse
de laudos, observar e considerar os objetivos do PAI, as avaliações,
sondagens, entrevistas e observações (idade/série, condições
emocionais e de maturidade...) para só então, traçar o trabalho
pedagógico condizente com as necessidades do aluno e, juntamente ao
professor de sala de aula regular e o coordenador da escola,
verificar se o mesmo está apto ou não a ser aprovado.
Funcionamento da
SRM
- As SRM são espaços físicos localizados nas escolas públicas de educação básica; neles se realiza o Atendimento Educacional Especializado – AEE.
- São dotadas de mobiliário, materiais didáticos e pedagógicos, recursos de acessibilidade e equipamentos específicos para o atendimento aos alunos, em turno contrário ao que frequentam a escola comum.
- É um espaço da escola, sendo de responsabilidade do diretor e da comunidade escolar a conservação, a organização e a administração do mesmo.
Quem
pode ser matriculado?
- Todos os alunos, devidamente matriculado no Ensino Regular, com deficiência física, intelectual, sensorial (surdez, deficiência auditiva, baixa visão, cegueira, surdocegueira), transtornos globais do desenvolvimento (autismo) e altas habilidades/superdotação.
O
aluno sem laudo médico ou relatório do CREESE pode ser matriculado
na SRM?
- Podem ser matriculados sem o laudo médico ou do CREESE apenas os alunos com deficiência física ou Síndrome de Down (deficiência intelectual).
Até
que idade o aluno tem direito à matricula na SRM?
- A SRM deve atender prioritariamente os alunos de 4 a 17 anos, mas o aluno pode ser matriculado independentemente da idade, desde que esteja devidamente matriculado no Ensino Regular e frequentando regularmente.
Quando a
matrícula do aluno deve ser cancelada na SRM ?
- O aluno só pode estar matriculado na SRM se estiver frequentando regularmente o Ensino Regular, caso ele abandone a escola sua matricula na SRM deverá ser cancelada.
O
aluno da escola particular pode ser matriculado na SRM?
- Sim, no entanto esse aluno não é contabilizado no Censo escolar, ou seja, a escola não recebe nenhum recurso pelo aluno da rede particular.
Quantos
alunos podem ser matriculados na SRM?
- Não existe um número fechado. Uma SRM precisa ter no mínimo três alunos devidamente matriculados e no máximo dependerá do cronograma de atendimento do professor. A orientação da DIEESP é que a sala tenha no máximo 15 a 18 alunos. Vale ressaltar que a escola não pode negar a matrícula na SRM, se for necessário o horário do professor poderá ser reajustado para atender um número maior de alunos.
Qual
é a carga horário do aluno na SRM?
- O aluno tem direito a dois atendimentos semanais de duas horas aula cada. Dependendo da necessidade do aluno ou da escola esse atendimento poderá ser ampliado ou reduzido, desde que não prejudique o desenvolvimento do aluno.
Qual
é a carga horário do professor da SRM?
- A carga horária do professor da SRM é de 25 horas na escola, sendo que 5 horas devem ser destinadas a visita à família, ao professor da sala regular e ou planejamento das atividades adaptadas para o aluno.
Caso
o professor da SRM precise faltar, como deve ser feita a reposição
das aulas?
- Em casos de reposição de aulas, o professor da SRM deverá reorganizar o seu horário para atender o aluno que ficou sem o atendimento devido a falta do professor. A reposição não poderá acontecer no horário destinado ao planejamento e as visitas.
REFERÊNCIAS
ALONSO,
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<http://acervo.novaescola.org.br/formacao/palavra-especialista-desafios-educacao-inclusiva-foco-redes-apoio-734436.shtml>.
Acesso em 06/10/2016
BABEL,
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Disponível em
<http://www.babelcursos.com/single-post/2016/04/25/Educa%C3%A7%C3%A3o-Inclusiva-O-que-todos-t%C3%AAm-a-ganhar
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BRASIL.
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Ministério da educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a
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Ministério da Educação. Diretrizes operacionais da educação
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Ministério da Educação. Manual de Orientação: Programa de
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Inclusiva. Disponível em
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POKER,
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Acadêmica, 2013. 184p.
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Humai de. MARTINS, João Batista. A Atuação do Professor Diante do
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> acesso em 22 de fevereiro de 2016.
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